A originalidade desta casa consiste nas grandes aberturas que permitem de colocar alguma decoração no interior, pelo menos nas proximidades destas aberturas.
As fachadas são realizadas em cartão madeira de 1.2mm de espessura. Depois cortar as fachadas às dimensões certas para a nossa escala, vem a abertura das janelas, sempre delicado mas que correu bem!
As várias fachadas, da rés de chão e do primeiro andar são coladas com cola madeira rápida, o asserto das posições sendo feito num papel milimétrico.
A casa está assim composta de três peças: a garagem, o rés-do-chão e o primeiro andar.
As paredes interiores são realizadas da mesma forma, considerando evidentemente apenas as paredes que serão visíveis pelas aberturas na fachada.
A pintura das fachadas foi feita com tinta acrílica tal como algumas das paredes interiores. Segui mais ou menos as cores do projecto da casa, gostei.
Finalmente uma parte que requer muita paciência e tempo, a construção do mobiliário que será visível pelas aberturas: sofá na sala, mesa da cozinha com os elementos integrados da mesma, camas, etc.
Procurei na Web fotos de portas interiores, tapetes, biblioteca (para colocar no fundo da sala), etc. que depois imprimir vou colocar no sítio certo. Será perfeito para compor o interior.
Iniciei a construção de casas de pedras, como se encontram na zona na qual me inspiro para o projecto, que serão encostadas num declive do terreno.
As fachadas são feitas de espuma de borracha de 2 mm de espessura reforçadas com cartão madeira de 1.2 mm de espessura. A espuma de borracha é muito flexível e necessita ser reforçada. No entanto para edifícios pequenos o reforço da estrutura pode ser parcial.
Metodologia
Em primeiro, faço o desenho das fachadas do edifício que quero construir num papel milimétrico, incluindo as portas, janelas, etc. Depois corto as fachadas na espuma de borracha e também o reforço das fachadas no cartão madeira de 1.2 mm. Faço as aberturas das portas e janelas. A partida, usando a espuma de borracha de 2 mm, as paredes têm 2 mm de espessura, ou seja 32 cm a escala de protótipo, valor coerente para casas de pedras antigas. Atenção, a dimensão das aberturas no cartão madeira devem ser maior que a dimensão das mesmas na espuma de borracha, pois tem que se deixar espaço em torno da abertura para colar os quadros das janelas, vidros e cortinas.
A espuma de borracha é fácil marcar/gravar com uma ponta metálica. Tem que se ter cuidado na realização pois é impossível eliminar uma marca que não se quere… é irreversível!
Nas casas que realizo, os quadros das janelas são realizados com pedras grandes e o resto da fachada é de pedra pequena. Leve tempo para gravar, mas o resulta tem um bom visual.
A colagem das fachadas entre elas está feita com cola madeira rápida para o cartão madeira e cola UHU rápida com cianoacrilato para a espuma de borracha. Mas pode também se usar a cola madeira rápida para colar espuma de borracha e cartão madeira.
Os quadros das janelas estão feitos com papel um pouco grosso antes de ser pintados. Os vidros das janelas são realizados usando folhas transparentes. Finalmente as cortinas são simplesmente realizadas com papel crépon. As várias peças são coladas com cola madeira rápida: quadros das janelas, vidros e cortinas.
As portas são feitas de perfis plásticos da Evergreen ou de impressão em papel, o tipo de porta sendo encontrado na internet.
O tecto tem como base o cartão madeira e o efeito das telhas é obtido com textura REDUTEX autocolante.
As fachadas uma vez juntadas são pintadas de cinzento claro sem uniformizar, ou seja é mais ou menos cinzento claro. Depois secagem desta camada de base, é aplicada uma pátina branca, localmente, mais ou menos, sempre com o intuito que as fachadas não devem ficar de cor uniforme, mas apresentar uma variação suave. Depois se aplica mais ou menos localmente um castanho mais ou menos diluindo, secando o pincel entre cada aplicação muito leve, misturando ocasionalmente o castanho com pátina ocre.
Para o escoamento das águas do tecto são utilizados perfis Evergreen meio redondo de 1.5 mm de diâmetro e redondo de 0.75 a 1 mm de diâmetro. Os perfis são pintados depois de dar a forma que se quere em cinzento claro. São colados com cola para perfis plásticos.
A cheminé é construída com perfis Evergreen, 3.2 x 3.2 mm, cortando a base com o angulo certo do declive do tecto. O chapéu é feito com perfis 0.5 x 0.5 mm e um quadrado de 4 x 4 mm de 0.25 mm de espessura.
Casa 1
Esta casa é simples e pequena, o reforço é feito com bandas de cartão madeira apenas. As portas são de impressão em papel.
Casa 2
Esta segunda casa é um pouco mais complexa que a primeira e de maior dimensão. Um reforço das fechadas foi feito com cartão madeira para o edifício principal e a garagem ao lado. A garagem foi adicionada à casa original e esta com uma fachada de betão enquanto as fachadas da casa são de pedras.
A casa tem uma cave com acesso por uma rampa e escadas e a entrada da casa esta por cima com um suave declive do terreno e 3 escadas para aceder ao terraço e porta de entrada.
O telhado dos edifícios é muito importante. Infelizmente, por vezes é negligenciada porque é uma grande superfície uniforme sem grande detalhe. Mas pelo contrario, deve ser-lhe dada uma atenção especial porque na maior parte das vezes é a primeira coisa que o espectador vê e por ser uma grande área, logo, vai causar um grande impacto.
Um telhado ‘trabalhado’ com weathering e com pormenores á vista vai imediatamente chamar a atenção e ‘levar’ o espectador a procurar outros pormenores no edifício em si e circundantes…
Fig. 31 – Iniciei os trabalhos no telhado construindo, em Evergreen, a parede vertical entre as duas aguas. Os respiradouros são os originais…
Fig. 32 – O telhado tem duas aguas, e comecei pela maior. Adicionei a caleira – recuperada do original e cortado a medida. Os dois perfis de Evergreen central servem para centrar o telhado com a viga de sustentação…
Fig. 33 – De seguida cortei a parte frontal do telhado. O telhado da baia pequena é só uma peça, já que não tem quebra vertical. Um corte basta para realizar a cumeeira …
Fig. 34 – Antes de continuarmos os trabalhos no telhado terminamos a pequena lateral da Cocheira…
Acrescentamos um perfil de Evergreen para servir de apoio ao telhado da baia pequena…
Fig. 35 – Correcções adicionadas em evergreen… com este nível de scratchbuild vai ser sempre necessário uma ou outra correcção ‘aquilo que não planeamos’… nada que envergonhe… J
Fig. 36 – O telhado terminado, já com as caleiras em todas as aguas, e em posição. O telhado vai levar um primário preto antes de continuarmos para a próxima fase…
Fig. 37 – Cobertura do telhado com tiras de lixa600, ideal para o efeito que pretendemos. O primário preto que demos antes evita que as imperfeições sejam visíveis. Inevitavelmente qualquer falha evidenciar-se-ia se mantivéssemos o branco…
Fig. 38 – Entusiasmado com o resultado dos trabalhos para as colunas interiores – noutra secção – decidi fazer os algerozes em perfis de latão. As abraçadeiras são feitas com tiras de folha de estanho…
Fig. 39 – Gostei do efeito da madeira e também do prazer que dá trabalhar com este nobre material, por isso aproveitei esta oportunidade para inserir mais um elemento em madeira…
Fig. 40 – E o aspecto final agrada-me bastante… e no fim é o que isto pretende ser… um grande projecto composto de pequenos projectos que nos dão prazer a realizar…
O próximo update deve demorar porque envolve muito scratchbild e experimentação…
Próximo update – 1.5 – As Portas
Resumo
Felixburg é um Projecto pessoal de um Layout, em Escala N, com sistema Digital DCC, num cenário germânico, na Era do Vapor.
Faz parte de um Projecto global do Clube “N Club Model Trains” de divulgação do Hobby Modelismo Ferroviário, na Escala N.
Devo dizer que sou um grande adepto da decoração de interiores. Ainda que seja o nosso lado narcisista, pois apenas nós sabemos que está lá.
Em edifícios de escala N ainda é mais difícil, mas admito que gosto de detalhar o interior e tirar photos… para mais tarde recordar… com prazer. J
Neste caso, de um grande edifício, com grandes janelas e, se calhar, com as portas sempre abertas, ainda mais se justifica detalhar o interior…
… ou não e é só uma desculpa J
Não interessa, vai servir para experimentar algumas coisas, recordar algumas técnicas e verificar o ‘enferrujamento’ noutras, por isso, está mais que justificado e…
Fig. 21 – Wash preto para evidenciar os ladrilhos… pela photo vê-se bem a diferença e a importância deste wash…
Fig. 22 – Cortei o plástico todo a volta do caixilho, pois queria que a janela encaixasse na abertura, sem relevo na parede, que será coberta. De seguida colei o acetato a servir de vidro. Uma gota cola no topo do caixilho e outra no fundo e chega, o ‘vidro’ já não se solta. Evitem colocar cola nos caixilhos interiores que aumenta o risco de ‘transbordar’ para o vidro e arruína o efeito
Fig. 23 – Teste exterior para verificar o contraste das cores. Chamo novamente a atenção para o bonito efeito das pedras individualizadas que compõem a parede…
Fig. 24 – Photo da parede exterior completa; janelas, caixilhos e parede. Fiquei bastante satisfeito com o resultado final de tons e materiais…
Fig. 25 – Vista interior das janelas, encaixadas, ao mesmo nível da parede. Assim, sem relevo, a folha de cartão que vai cobrir as paredes interiores poderá ser colada directamente na parede.
Fig. 26 – Usei folhas de cartão da Faller para o recobrimento das paredes interiores. Inicialmente tinha escolhido o código 222568 mas achei muito ‘berrante’ e optei pelo 222559. Atenção ao recorte que é feito no verso do cartão…
Fig. 27 – As paredes interiores recortadas, com excepção das paredes frontais, claro, que estamos a deixar para o fim, quando resolvermos a questão das portas da Cocheira
Fig. 28 – Comecei pela parede maior para ver se gostava deste pedrão e se adequava ao que eu queria. Ficou bem.
Fig. 29 De resto é simplesmente colar os cartões as paredes e tirar photos para ver como ficava… … e para mais tarde recordar, claro. J
Fig. 30 – Mais uma photo… para verificar o efeito… para apreciar o trabalho… para…Whatever, disfrutar…
Próximo update – 1.4 – Telhado e acabamentos
Resumo
Felixburg é um Projecto pessoal de um Layout, em Escala N, com sistema Digital DCC, num cenário germânico, na Era do Vapor.
Faz parte de um Projecto global do Clube “N Club Model Trains” de divulgação do Hobby Modelismo Ferroviário, na Escala N.
Antes de colar a extensão da parede em madeira, no entanto, ainda havia muito trabalho a fazer, nomeadamente pintar as paredes.
O interior foi pintado de um tom castanho neutro, que serviu de base ao chão que queria em tons de ‘sienna claro’.
Gosto muito dos tons ocres, resultam bem em todas as superfícies, nomeadamente em Modelismo Ferroviário, e tenciono que seja este o tom da minha maqueta, i.e., o tom base dos três Módulos.
Assim faz sentido que a Cocheira seja feita com materiais locais – integrando-a assim no ambiente.
Fig. 11 – Chão ladrilhado em tons de terracota ‘sienna claro’. As paredes laterais vão ser tapadas.
Fig. 12 – Pintura da parede exterior. O tom terracota vai dominar mas podemos ‘individualizar’ algumas pedras. Podemos usar um padrão como guia para as cores, aqui um cartão Faller 56940
Fig. 13 – Devemos, nesta primeira fase da pintura, ‘carregar’ nas cores. Depois do drybrush, elas vão ficar mais esbatidas. Pintamos as pedras com cores vivas, para mais tarde sobressaírem…
Fig. 14 – A mesma parede após o drybrush, que serve para uniformizar as cores. Comparando as photos é possível ver que apesar das pedras integrarem uma parede (uniformização) algumas pedras sobressaem (individualidade)…
Fig. 15 – Depois de muito bem lixadas – no interior – para retirar a cola, primamos os caixilhos exteriores com uma cor neutra – neste caso um cinzento claro – mas suficientemente diferente da parede, para potenciar o contraste.
Fig. 16 – Usamos o mesmo método da parede e individualizamos as pedras, mas aqui com tons mais esbatidos, por isso usamos washes em dois ou três tons de sépia.
Fig. 17 – O drybrush dos caixilhos exteriores foi demasiado e apagou as pedras. A corrigir mais tarde. Mas o contraste funcionou…
Fig. 18 – Um plano mais aproximado – para experimentar o caixilho interior da janela – permite-nos ver bem a individualização das pedras na parede. De qualquer modo o conjunto parece resultar…
Fig. 19 – Satisfeito com os resultados dos testes aos caixilhos, colei a extensão da parede em madeira. Ficou bonita!!!
Fig. 20 – A parede oposta, também com a extensão em madeira. No interior, os suportes interiores do telhado já foram colados no lugar.
Próximo update – 1.3 – O Interior
Resumo
Felixburg é um Projecto pessoal de um Layout, em Escala N, com sistema Digital DCC, num cenário germânico, na Era do Vapor.
Faz parte de um Projecto global do Clube “N Club Model Trains” de divulgação do Hobby Modelismo Ferroviário, na Escala N.
Felixburg é uma localidade, fictícia, na Alemanha, algures na antiga fronteira entre o Reino da Baviera e a Prússia. A ação situa-se algures no tempo, entre 1925 e 1938, na Era do Vapor, durante a chamada Época II.
Os Módulos foram pensados para terem uma centerpiece cada um, para os ‘personalizar’, a saber, “A Rotunda”, “A Estação” e “A Industria”
Modulo I – “A Rotunda”
Antes de iniciar a Rotunda, a curiosidade de saber como sairia a Cocheira, um projecto de scratchbuild de um Edificio feito ‘á medida’ era muita e, por isso… é por aqui que começo a elaboração do Cenário do projecto Felixburg – na Era do Vapor
Com o espaço limitado que tenho no Modulo I, em que a centerpiece é a Rotunda, a existência de uma Cocheira – de qualquer tipo – nunca foi grande preocupação. Recentemente, a possibilidade de realizar um projecto de scratchbuild e a leitura de um artigo – que infelizmente não consigo encontrar – levou-me a equacionar a inclusão de uma Cocheira redonda.
E este e o documento do meu WiP, que não se destina a modelistas experientes, mas apenas a dar conta do meu progresso e do meu modo de fazer as coisas…
Espero que gostem e que vos ajude a decidir começar um projecto identico ou a ultrapassar alguma dificuldade que tenham.
Disfrutem
Fig. 1 – O plano de vias com o design da localização das Cocheiras no seu lugar
Modulo I.1- As Cocheiras
1.1 – A Infraestrutura
A primeira decisão era saber se o projecto começava de raiz ou usava um modelo comercial como base. As cocheiras seriam redondas, isso era claro, mas os modelos comerciais tinham duas desvantagens – eram grandes demais para o espaço disponível e muito ‘vistos’
Numa das várias viagens a ebay, deparei-me com um leilão de duas Cocheiras, já montadas, e decidi que seria o que iria usar como base para fazer o meu projecto.
Fig. 2 – Cocheira dupla – modelo Faller 222116
É um modelo muito bonito, adequado a Epoca escolhida e que, com algum trabalho e jeito, se enquadrará naquilo que eu quero.
É aconselhável que façamos um draft do que queremos, mas para termos uma Cocheira redonda é fundamental que tenhamos três noções prévias
– o tamanho da Rotunda – e os ângulos que ela permite
– a largura das portas da Cocheira
– a distância que vai da Cocheira a Rotunda
É muito importante termos estas noções prévias, pois todos teríamos a tentação de começarmos logo pelo edifício e depois seria um terror para tentarmos que as vias ligassem á Rotunda ou o espaço entre a Cocheira e a Rotunda era demasiado pequeno e falhava os ângulos, etc…
O desenho do edificio propriamente dito é irrelevante, podendo assumir a forma que quisermos, por isso, depois de saber as três medidas básicas, desenhei uma Cocheira que coubesse no Modulo I.
As medidas que necessitava incluíam as três distâncias em conjunto, por isso optei por desenhar o draft em conjunto para poder decidir onde colocar a Cocheira.
Fig. 3 – Draft, em evergreen, dos planos para a Cocheira redonda; – a meia circunferência representa a Rotunda – a secção seguinte é a distancia entre a Cocheira e a Rotunda – a Cocheira, com três secções, duas ‘longas’ e uma curta
O passo seguinte era ‘recuperar’ as peças da cocheira, já montada, com especial empenho nas paredes, e nas portas – que não sei se vou usar – e nas janelas. O telhado era irrelevante, pois o telhado de uma cocheira redonda teria que ser todo scratchbuild.
Fig. 4 – A recuperação das janelas – só interessa o caixilho da janela, já que os vidros de plástico transparente serão substituídos por acetato, mais fino
Os passos seguintes são auto-explicativos, por isso colocarei apenas as photos com uma descrição.
Fig. 5 – ‘Elevar’ as paredes da estrutura, com os gaps a serem preenchidos com um betume conhecido no meio como ‘green stuff’.
Fig. 6 – Toda a estrutura de base foi feita em Evergreen, placas e perfis quadrados ou retangulares. O chão da cocheira foi feito com placas de Evergreen, padrão ladrilho (tile)
Uma Cocheira redonda tem as paredes laterias muito características, que tinha que construir.
Fig. 7 – Construi uns ‘gabarit’ para testar o aspecto a acertar as estruturas de suporte interior com as paredes…
Neste momento, o meu colega Antonio enviou-me uma photo do trabalho dele, em madeira, e eu decidi que completar a parede em madeira ficaria bem…
Fig. 8 – Escolhi dois tons de madeira e cortei os perfis em bisel. Colando-os alternadamente, deve dar um efeito final agradável a vista…
Fig. 9 – Resultou e fiquei satisfeito com o resultado. Do lado oposto, a parede foi elevada segundo o mesmo método, claro
Os ‘gabarit’ interiores serviram para construir os apoios internos do telhado.
Tenciono colocar um suporte ao centro, debaixo da viga central mas ainda não sei se usarei o mesmo método ou construirei um suporte redondo mais elaborado…
Fig. 10 – Suportes internos elaborados com perfis de Evergreen, de secção quadrada.
Antes de colar a extensão da parede em madeira, no entanto, ainda havia muito trabalho a fazer, nomeadamente pintar as paredes.
O Objectivo deste Projecto é participar em Exposições de Modelismo
Ferroviário de Escala N.
O Objectivo principal é divulgar o Hobby do Modelismo Ferroviário e mostrar
aos participantes a escala N e o que se pode fazer com ela, nomeadamente as
suas vantagens e como ultrapassar as suas desvantagens.
O Objectivo secundário é, quando os Módulos não estão em Exposição,
tê-los em casa, numa exposição pessoal semi-permanente, que me permita
continuar a desfrutar do Hobby.
LOCALIZAÇÃO
Felixburg é uma localidade, fictícia, na
Alemanha, algures na antiga fronteira entre o Reino da Baviera e a Prússia. A
ação situa-se algures no tempo, entre 1925 e 1938, na Era do Vapor, durante
a chamada Época II.
Com esta localização geográfica e temporal, é-me permitido usar as
minhas composições preferidas de Época II (DRG), mas sem causar estranheza a
circulação ocasional de material rolante mais antigo, sejam locomotivas ou
carruagens.
CONTEXTO
Felixburg é uma Estação
Terminal, não muito grande, nitidamente de uma linha secundária, mas com alguma
importância, com chegadas e partidas de composições de passageiros e
mercadorias, mas não industriais. É comum verem-se composições ainda com a
pintura das Companhias de Caminhos de Ferro originais.
As mais comuns, pela proximidade geográfica, são da Baviera (K.B.S.B.) e da Prussia (K.P.E.V.) mas também de outras
proveniências como Wurttemberg (K.W.St.E.)
ou o mais raro Grão-Ducado de Baden (G.B.St.E.)
Os Expressos famosos na Época II passam por Felixburg, mas ‘de passagem’, na via principal, sem razão para
se deterem.
Os Expressos de luxo, como o “Reingold”,
ou o famoso “Orient Express”, mas
também menos conhecidos como o “Balkan
Zug” – neste caso terei que ‘estender’ o meu espaço temporal, já que este
Expresso é do tempo da WWII – ou simplesmente Intercidades.
Fig. 1 – Os
módulos sem o ‘tecto’ onde irá ficar a iluminação
O Projecto terá dois Níveis de cenário, o Nível 0 onde se encontram as Vias Principais e que se estendem
pelos três Módulos, e o Nível 1,
onde será criado todo o cenário de Felixburg.
Fig. 2 – A via
dupla (vermelho) que percorre os três
módulos, 224cm comprimento – a cinzento está a via que fica ‘dentro´ do
separador cénico
Os Módulos foram pensados para terem uma centerpiece cada um, para os
‘personalizar’, a saber, “A
Rotunda”, “A Estação” e “A Industria”
Modulo I – “A Rotunda”
O modulo da esquerda – do ponto de vista do espectador – a que, daqui em
diante chamaremos Modulo I contem a Área de Operações, com a Rotunda como centerpiece .
Queria que a Estação Terminal permitisse operações, não muitas nem complexas porque o espaço não o permite,
mas com alguma visibilidade, daí a opção por uma Rotunda de média dimensão.
A área vai ter as componentes
usuais da Era do Vapor, como a torre de agua, os fossos de inspeção, etc.
As cocheiras não estavam incluídas no plano original, porque eu uso,
essencialmente edifícios comerciais, e não havia nenhum que se encaixasse no
espaço disponível. Os edifícios que uso poderão ter algumas pequenas
alterações, que poderão personalizá-los mas continuam facilmente
reconhecíveis.
Durante o planeamento do Projecto, á medida que ultrapassava
dificuldades e fazia pequenas alterações ao projecto inicial também surgiam
novas opções e comecei a pensar que uma cocheira eventualmente valorizava o
Modulo e o Projecto globalmente.
Vou construir uma cocheira de raiz, mas ainda não decidi se uso um modelo comercial como base ou construo em papel e evergreen, baseado num blueprint ‘original’ que encontre numa revista ou na Netty…
Fig. 3 – A
decisão de adicionar a Cocheira implicou que esta ficaria sobreposta a via dupla (vermelho)
Modulo II – “A Estação”
O modulo central – a que, daqui em diante chamaremos Modulo II – contem
a Estação de Felixburg
A estação é o modelo comercial da Faller“Schwarzburg” – original na Turingia,
na Alemanha – um modelo caríssimo,
lindíssimo e sobejamente conhecido, que está em centenas de maquetas espalhadas
pelo mundo…
O que não me agrada nada, mas tenho razões pessoais para o usar e o modo
de ‘dar a volta’ a esta popularidade – recuso-me a alterá-lo, o modelo é lindíssimo
– é… usar o Lado B.
Todos, ou a maior parte dos modelos de “Schwarzburg” têm o cais virado para o público, que, de resto é o
que faz sentido em modelismo ferroviário, mas eu vou contrariar essa tendência
e apresentar a fachada principal ao publico.
Espero com isto, para além de ‘fugir ao convencional de centenas de “Schwarzburg” espalhadas por ai’, conseguir um par de cenas á entrada
para a Estação, que serão um desafio…
A Estação em si também é um desafio, já que será a “central centerpiece “, mas é um desafio que promete muitas horas
de prazer.
O Módulo II não terá muito
mais edifícios, apenas planeei um Armazém de Mercadorias da Pola, uma espécie de ‘dama de companhia’
á Princesa…” Keep it Simple” é a
minha filosofia…
O Modulo II, com as suas
várias vias, é um Modulo de ‘exposição’, onde as composições esperam entre as Chegadas e as Partidas.
O importante no modelismo ferroviário é o comboio, não nos devemos de esquecer disso, e o ambiente serve para enquadrá-lo, não para lhe roubar o protagonismo.
Fig. 4 – A
Estação, e a praça, também deverá
ficar sobrepostas a via dupla (vermelho)
Módulo III – “A Industria”
O modulo da direita – a que, daqui em diante chamaremos Modulo
III – contem a “Indústria” como centerpiece
.
A ideia é manter a filosofia do “Keep
it Simple”, o que, em termos práticos, significava um modelo representativo
de uma actividade industrial. Mas o meu gosto pessoal impedia o tradicional e
corriqueiro – a mina de carvão, a cimenteira, a serração, etc…
Uma fábrica estava limitada pelo pouco espaço disponível, pelo que, a
conjugação destes dois fatores resultou numa ‘fábrica’ mais modesta resultante
da agregação de dois modelos da Vollmer,
facilmente reconhecíveis.
No entanto, o conceito que está na concepção da ‘fábrica’ é mais
ambicioso e daí não lhe ter chamado ‘fábrica’ e sim “Indústria”.
Por outro lado, mantenho a premissa de não haver tráfego ferroviário
industrial, por isso…. É um mistério que não vou revelar, por enquanto…
É importante haver algum suspense na apresentação de um Projecto, e,
neste caso, é aqui que reside…
O Modulo III é a
entrada/saída de Felixburg, pelo que
não planeei mais nenhum Edifício – de resto a “Industria” já é suficientemente
grande para ocupar uma boa parte da área disponível.
Fig. 5 – A entrada/saída
do Nivel 1 respeita as mesmas medidas do Nivel 0
RESUMO
Felixburg é um Projecto pessoal de um
Layout, em Escala N, com sistema Digital DCC, num cenário germânico, na Era do
Vapor.
Faz parte de um Projecto global do Clube “N Club Model Trains” de
divulgação do Hobby Modelismo Ferroviário, na Escala N.
Esta é uma maqueta com 2 módulos de 800×400 mm, isto é, uma maqueta com 1,60 m de comprimento e 40 cm de largura.
Aproveitou-se o nome escrito no edifício da estação já montado há algum tempo, para dar nome à maqueta. É uma paisagem fictícia, que reproduz uma pequena estação de ligação, isolada, entre os comboios de longo curso e os regionais de ligação, e que tem também acesso rodoviário.O curso de água dá o nome à estação e à maquete.
Depois de uma conversa
muito produtiva, tida na exposição de modelismo de Loures 26/10/2019, com o
Eric, exponho o meu projeto ainda muito no inicio, em termos de seres humanos
estou naquela parte em que o coisinho branco vai a caminho do ovulo.
um
vídeo captado na estação de Vesima na costa mediterrânica ao Sul de Genova,
portanto Em Itália. O que saltou à primeira vista é que a estação é delimitada
por tuneis, tanto de um lado como do outro (ver fotos do Google Earth)
Logo o cenário ideal para o
módulo N, 80 cm e túnel para a zona de transição de um lado e do outro. Em
termos de material a circular temos FS passageiros e mercadorias e SNCF
passageiros, mas como a 1ª regra do modelismo é:
No modelismo à que fazer
concessões, portanto SBB e DB podem também ser opções credíveis.
Continuando depois de
apresentado o projeto e depois da conversa esclarecedora com o ERIC , passei à
segunda fase, os projetos para mim executam-se em 5 fases.
1 – Fotodoc (onde se tenta
obter fotos do que queremos fazer ou seja da realidade e dos pormenores)
2 – Autocad dos pobres
desenhar num cartão à escala 1por 1 o traçado identificando edifícios (estação
e outros) tuneis, estradas/ruas e restante paisagem.
3 – Inventário das
necessidades, linhas, agulhas, boca de tuneis, kits e restantes materiais para
estradas/rua e paisagem.
4 – Fase excel, depois de
feito o inventário folha em excel com as necessidades ou seja kit, refª x
fabricante y cust un e custo total se forem mais que 1. No fim somatório de
todos os items e perante o somatório
consulta do extrato bancário, tudo nos conformes ou corta aqui e ali até existir
consonância entre o estrato e as necessidades.